sábado, dezembro 11

REFLEXÃO DO FINAL DO CURSO/2010

Fazendo uma retrospectiva do curso de pedagogia que esta findando nesse dia, iniciarei fazendo um resumo da intenção inicial do curso, que faz parte da introdução do meu TCC, para que fique claro para os caros leitores os objetivos do curso criado para qualificar os professores da rede pública e o quanto foi importante para nós, educadores, esta oportunidade. “Devido às intensas mudanças no mundo, em relação aos avanços científicos e tecnológicos, fui à busca de qualificação profissional. Após o vestibular iniciei o curso de graduação em pedagogia à distância (PEAD), oferecida pela UFRGS, fundamentada na qualificação dos docentes da rede pública. O curso tinha como meta a interação dos docentes, através de trocas de idéias, experiências e informações, feitos pelos espaços do ambiente virtual (curso on-line), baseadas nas reflexões teóricas das práticas de sala de aula. Como discente, aprendi que um dos pontos relevantes para um melhor desempenho profissional é buscar procedimentos metodológicos que faça a articulação entre a escola e o mundo, na perspectiva de uma educação crítica, que contribua para uma transformação social. Um dos objetivos do curso, além de atribuir novos significados ao papel do professor, também era de habilitar os docentes para a utilização de recursos informáticos na prática pedagógica, a partir dos conhecimentos das TICs (Tecnologias da Comunicação e Informação), numa construção cooperativa de conhecimento”.
O BLOG foi criado exclusivamente para o curso de pedagogia do PEAD da UFRGS, onde deveríamos postar o nosso crescimento como discente refletindo sobre as práticas pedagógicas como docente. Ele foi um grande aliado nesta caminhada, muitas vezes nos serviu como um diário amigo, para desabafos, reflexões e trocas de conhecimentos e, também alguns momentos nostálgicos, mas, em outras ocasiões, foi quase que um inimigo, por se parecer com um caderno de atividades obrigatórias de sala de aula. Mas, em fim, que ferramenta maravilhosa que o mundo atual nos trouxe, onde podermos dividir nossos trabalhos, nossas idéias e pensamentos com outras pessoas e vice-versa. E, o que há de melhor, é que não precisamos sair de casa para interagir com colegas, amigos e, principalmente, os desconhecidos, que também fazem parte da nossa vida, sem mesmo nos conhecermos, pois assim como nós, alunos do PEAD, estão sempre em busca de novidades para melhorar suas práticas pedagógicas. Como eu gostaria de poder ter tido muito mais tempo para me dedicar ao BLOG, mas a correria do dia-a-dia e os problemas particulares consomem, consideravelmente, com o nosso tempo. Quando nos damos conta o tempo já passou e, o mais rápido que o esperado. Como agora, nesse momento, que estou aqui em frente ao meu computador, sem ainda acreditar, que esta é a última atividade da interdisciplina do Seminário Integrador. Interdisciplinar que nos acompanhou durante toda a trajetória desse curso, com as queridas professoras “Bea e Ires”, nos ajudando e acompanhando, com aquela paciência de mães, mas ao mesmo tempo com olhares atentos para que suas filhas peadianas não se perdessem pelo caminho. Foi com elas que aprendemos a lidar e tirar todo proveito possível das Tics, recurso imprescindível na educação do século XXI. Hoje, posso afirmar que me sinto uma pessoa muito importante e realizada, por estar sendo uma formando do curso de pedagogia, em uma faculdade com a magnitude da UFRGS. E, o que é melhor ainda, pioneiras nessa caminhada. Importante, não simplesmente para massagear o Ego, mas me sinto importante por ser uma outra pessoa, com uma visão de mundo ampliado, e uma pedagoga preparada para o futuro, ou seja, uma pedagoga do futuro.
UM JARDIM DE ESPERANÇA...
Todo o jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma. Quem não tem jardim por dentro, não planta jardins por fora... nem passeia por eles.
Rubem Alves

quinta-feira, dezembro 9

Eixo VI: Educação de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais.

Antes de terminar o curso, não poderia deixar de comentar sobre uma interdisciplina do eixo VI, que foi de grande imporatancia para a minha vida como educadora, por conviver diariamente com essas pessoas na minha escola. No eixo VI todas as indisciplinas (Seminário Integrador, Filosofia da Educação, Questões Ético-raciais na Educação, Desenvolvimento e aprendizagem sob o enfoco da psicologia II) foram importantíssimas para o nosso crescimento profissional, mas a interdisciplina de“Educação de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais”, me ajudou a entender melhor a questão da inclusão, pois nós educadores, por mais que nos esforçamos, costumamos encontrar entraves ao receber esses alunos, acreditando que não conseguiremos fazer um bom trabalho com eles devido a suas limitações, e também por desconhecer os diagnósticos. As observações e os relatórios feitos sobre um aluno especial da minha escola fizeram com que eu prestasse mais atenção nas crianças da classe especial quando encontro-os no refeitório, ou quando estão brincando no pátio da escola. Faço agora um apanhado dos objetivos da interdisciplina no curso para esclarecer os meus aprendizados, que foram os seguintes: nos dar informações básicas da história da evolução das atitudes que os diferentes grupos sociais estão assumindo em relação às pessoas consideradas anormais ou deficientes, oportunizando o conhecimento dos aspectos de base das políticas públicas brasileiras na área da educação especial. Também estudamos, refletimos e debatemos através dos fóruns a respeitos de vários aspectos relacionados aos serviços de apoio à inclusão escolar, abrindo um leque de informações muito importante para nossa prática pedagógica. Estudamos e debatemos os aspectos da deficiência física como as características, limitações, potencialidades desse grupo de alunos que tem sido muito desafiador quanto ao conhecimento psicológico e quanto às práticas pedagógicas. O Autismo é um grupo muito diversificado, que tem recebido diferentes nomes ao longo da história: autismo, psicose infantil, transtorno global do desenvolvimento, para citar alguns. A deficiência mental é um quadro complexo, cujo diagnóstico não é simples de ser feito. Além disso, por apresentar um rendimento escolar diferenciado em relação aos colegas, em geral é um aluno que demanda uma série de modificações no contexto escolar, envolvendo currículo, conteúdos, intervenção pedagógica, avaliação, apoios... Desta forma, o aluno com deficiência mental tem se deparado com bastante resistência à sua entrada no ensino comum. Por isso, é fundamental que esse quadro seja estudado e melhor compreendido para que a escola possa promover as transformações necessárias pra viabilizar sua efetiva aprendizagem.
Parte dos textos das atividades da interdisciplina Educação de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, retirados das páginas do Roda. https://www.ead.ufrgs.br/rooda/rooda.php

domingo, novembro 21

A impotância de um plano de aula

As atividades do eixo VII foram muito importantes, pois trouxeram atividades relevantes nas nossas aprendizagens, que foram desenvolvidas com os alunos em sala de aula. E, uma das que culminou nessas atividades foi o plano diário de aula que desenvolvemos na interdisciplina Linguagem e Educação com a professora Darlize Teixeira de Mello. Essa atividade foi a que me levou a desenvolver o tema do projeto do estágio e, consequentemente, a investigação do TCC. A temática escolhida para todos esses trabalhos dos últimos eixos foi “O mundo dos animais” enfocado com os cuidados do meio ambiente, pois como educadores enfrentamos o desafio de direcionar as crianças para a observação consciente e crítica do que acontece a sua volta, num mundo em constante transformação. A professora Derlize foi bastante exigente para a realização do plano, pois, após escolhermos o tema, tivemos que reajusta-los várias vezes, até se enquadrar nas suas exigências. E com isso, ela nos mostrou que um plano de aula não pode ser feito de qualquer maneira, pois implica em várias questões importantes para aprendizagens dos nossos alunos. Para iniciar o planejamento, devemos de início, criar as condições de aprendizagens adaptados a realidade dos educandos, conforme a sua faixa etária, possibilitando-os trabalhos mais significativos. O professor deve planejar suas aulas com cuidado, respeitando o conhecimento prévio do estudante e a diversidade da sala de aula, valorizando as competências de cada um. É indiscutível a importância de se elaborar o plano partindo do interesse dos alunos e, para isso, o educador deve estudar o assundo para poder pensar nas melhores maneiras de ensiná-los.

domingo, novembro 14

A experiência do estágio

No eixo VIII, foi o semestre que desenvolvemos o estágio do curso, onde através de um projeto, elaborado individualmente, com temas escolhidos por cada uma de nós, colocamos em prática um pouco de tudo que aprendemos durante quatro anos de intensas aprendizagens e trocas de conhecimentos entre todos os peadianos do nosso pólo. No Pead aprofundamos, consideravelmente, os nossos conhecimentos sobre diversas teorias, alavancando as nossas práticas pedagógicas, pois a cada semestre, fomos levados a refletir sobre as transformações no mundo, na tecnologia e na sociedade como um todo. Com todas as transformações que aconteceram nas nossas vidas nesses últimos anos, nos levaram a repensar a nossa ação docente presente no ensinar, no aprender, no errar e também na construção e desconstrução de verdades, tanto em relação às nossas aprendizagens, quanto às aprendizagens dos alunos. Ao aprimorar os nossos conhecimentos, que hoje são tão necessários para auxiliar na formação dos alunos, estamos tornando a aprendizagem escolar mais sintonizada com os impasses da vida, estabelecendo uma visão critica da realidade social, com práticas pedagógicas mais eficazes, ajudando o aluno a desenvolver múltiplas habilidades de entendimento, tão importantes no dia-a-dia escolar.
.

sábado, novembro 6

UM OLHAR CRÍTICO SOBRE O MUNDO

No eixo VII, fizemos de início, um excelente exercício de observação na indisciplina do Seminário Integrador. As professoras do SI sempre nos proporcionaram atividades criativas para que refletíssemos sobre a nossa prática docente, repensando a ação pedagógica, os conteúdos programáticos e os materiais de ensino usados como recurso nas aulas. Com elas aprendermos a observar melhor o mundo em nossa volta, e principalmente, prestar mais atenção nos nossos alunos. A atividade do início do semestre constituía-se em analise de lixos, supostamente gerado numa residência qualquer. Deveríamos em grupo formular hipóteses sobre as pessoas que geraram aquele lixo, até que chegássemos a uma conclusão. O exercício de observação e formulação de hipóteses é uma atividade muito criativa para trabalhar com os alunos em sala de aula, pois desperta a curiosidade, desafiando-o a ter iniciativa frente a sua própria aprendizagem. Acreditar no potencial do aluno, aprendendo junto, desafiando-o e incentivando-o, para que ele próprio faça as suas próprias descobertas, é eficaz quando usadas com metodologias que desenvolva habilidades de observação e comparação numa concepção de trabalho educativo ancorado na vivência do aluno. O importante é aprender a pensar. Foi o que aprendemos com as professoras Ires e Bea durante o curso. Ou seja, ter um olhar mais aguçado para vida e para as pessoas que estão a nossa volta, e também ter um olhar crítico sobre o mundo, e todo esse novo olhar sobre as nossas ações docentes nos trouxe significados fundamentais para a nossa aprendizagem como discente.

quinta-feira, outubro 21

Valorizando o concreto.

Analisando o meu blog neste eixo temático, recordei o quanto foi bom trabalhar com a interdiscipina de matemática, pois aprendi a valorizar os materiais concretos do cotidiano dos meus alunos para realizar várias atividades, principalmente os de sucatas, colocando os alunos em situações-problemas estimuladoras que possibilitassem o desenvolvimento dos conceitos matemáticos. Nas atividades da interdisciplina foram apresentadas várias propostas de atividades diferentes para aplicarmos em sala de aula, auxiliando na compreensão dos conteúdos como: exploração de jogos de forma lúdica, exercícios de fixação e muita criatividade no desenvolver das quatro operações, levando-os a construir novos conhecimentos por meios de atividades significativas, que valorize o cálculo mental, para enfrentar situações-problemas que surgirão no seu do dia-a-dia, e eles terão de serem capazes de resolver essas situações com competência. Foi ótimo para lembrarmos que devemos usar da criatividade para despertar o interesse dos alunos.

quarta-feira, outubro 20

Aprendendo a aprender...

A cada semestre fomos compartilhando vivencias, trocando experiências, aprendendo a aprender. Tivemos a oportunidade de trabalhar em grupos, interagindo com as colegas e descobrindo um mundo novo e fascinante através das tecnologias. Os portfólios, e os PAs da interdisciplina do Seminário Integrador, nos proporcionaram muitas aprendizagens. Fizemos uma pesquisa sobre afinidade e foi maravilhoso, pois descobri que uma palavrinha tão simples pode significar muito. Também, o PA despertou-me para os trabalhos com projetos em sala de aula, em que nos possibilitou inúmeras possibilidades de aquisição de informações na construção de conhecimentos dos alunos e do professor. Além do PA sobre afinidade, fizemos um PA sobre a influência dos desenhos animados na vida das pessoas. Com ele passei a me manter informada sobre o que os alunos costumam assistir na televisão e se isso realmente influencia na vida das crianças. Outro interdisciplina que foi de grande importância para o nosso crescimento como docente neste eixo foi a psicologia, e através da leitura dos textos da interdisciplina Psicologia da Vida Adulta, evidenciadas por Erikson, pois não costumava observar as fases da vida adulta e sim a infantil. Depois da pesquisa pude perceber como as características das fases adultas são iguais para todas as pessoas segundo Erikson, pois encontrei na minha própria família, todos os aspectos psicológicos, biológicos, intelectuais, relacionais, amorosos e profissionais que o autor descreve no seu texto.

terça-feira, outubro 19

Disciplinas dos eixos IV,V,VI.

Os trabalhos realizados nas interdisciplinas dos eixos IV, V e VI, foram muito importantes, pois estava faltando um embasamento teórico-prático, que nos trouxessem novas bases conceituais em relação aos conteúdos das disciplinas de matemática, ciências e estudos sociais.
A intedisciplina que passou a ter um reflexo maior nas minhas práticas pedagógicas, foi a de ciências “Representação do Mundo pelas Ciências Naturas”, com a leitura do texto “A DIFUSÃO DO PENSAMENTO DE EDGAR MORIN NA PESQUISA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL” (Adriana Piva), (...) a educação no centro das atenções e toma a EA como principal estratégia contra a crescente complexidade dos problemas ambientais. A partir das reflexões da leitura do texto e de outras atividades realizadas na interdisciplina, foi que comecei a mudar meu olhar sobre o papel da educação na conscientização dos cuidados com o meio ambiente, e o compromisso, que nós como educadores, temos como mediadores nesta caminhada tão importante para a humanidade, que é a de tentar resgatar nas pessoas o respeito pela natureza, estimulando um consumo consciente no uso adequado dos recursos naturais, já que a sociedade humana vem se desenvolvendo rapidamente nas últimas décadas, principalmente com os avanços tecnológicos, e com isso, retirando da natureza tudo que precisam para uma vida confortável. Para termos todos os confortos e luxo que qualquer ser humano almeja, passamos a poluir o nosso ambiente, destruindo as florestas e extinguindo espécies, consequentemente, arrancando do nosso planeta, sem o compromisso da sustentabilidade, os recursos naturais que ela nos oferece. Por isso, todos nós temos a tarefa de preservá-lo e garantir para as vidas futuras um planeta sustentável. E, foi partindo dessa premissa, que eu e meus alunos escolhemos a temática para o estágio do curso.

quinta-feira, setembro 30

Resultado das mudanças...

O ano de 2007 foi crucial para as mudanças no fazer pedagógico em sala de aula. Era a primeira turma de 1º ano da minha escola. E eu fui escolhida para receber os pequenos que chegavam mais jovenzinhos e com muita disposição para aceitar o novo. Aproveitando a bagagem de experiências que eles traziam das escolas de educação infantil, fui colocando em prática tudo que estava aprendendo nas interdisciplinas do PEAD. Olhando as fotos no meu blog, senti uma imensa saudade de alguns alunos que não estão mais na escola. Hoje continuo fazendo muitos daquelas atividades, mas os protagonistas daquela época já estão na 4º ano, e quando cruzamos pelos corredores da escola eles ainda comentam sobre certas atividades que realizamos naquele ano (como as releituras de obras de artes) que ficaram marcado na lembrança daquelas crianças e que nunca mais esquecerão. É gratificante para o educador poder fazer a diferença na vida dos seus alunos e poder sentir isso durante os anos seguintes quando paramos para conversar com eles e relembrar o passado. O planejamento daquelas atividades tinha como objetivos desenvolver nos alunos o senso crítico e o espírito de descobertas, estimulando nas crianças a linguagem escrita, oral, cênica, corporal e plástica. Todo o desejo de transformar nos conduz a caminhos de possibilidades de atuação, a partir das reflexões e do senso crítico da nossa prática.

segunda-feira, setembro 20

INOVAR SEMPRE...

A vontade de inovar e aprender outras formas de ajudar na construção de conhecimentos dos meus alunos foi o que me levou a buscar qualificação no PEAD. Os recursos didáticos inovadores que aprendi nas interdisciplinas tornaram minhas aulas mais eficientes quando colocadas em prática na sala de aula. Fui percebendo cada vez mais que o processo educativo que trabalhava necessitava de mudança urgente. Então, comecei a planejar melhor as aulas, valorizando os conhecimentos que as crianças trazem de casa e a partir daí prepará-las com base nesses conhecimentos. Como estudante do pead, tinha a convicção de que o mundo estava evoluindo rapidamente, e, tanto os professores como as escolas precisavam acompanhar toda essa evolução. E, dentro deste contexto evolutivo das tecnologias, nós educadores não poderíamos ficar de fora, pois os computadores já faziam parte da vida dos meus alunos. Hoje, nas minhas práticas pedagógicas, aprendi a levar os alunos a ver e entender o mundo contemporâneo que estão inseridos, ensinando através da vivência com conteúdos que partem da realidade dos a avançar nas aprendizagens, e isso tem feito uma grande diferença na minha vida e na vida dos meus alunos.