
O filosofar nos convida a criar e recriar ideias e interrogações. De algum modo é preciso amar intensamente a vida para desejar ver seus mistérios, e reencontrar, a cada dia, a beleza desta travessia, ao ir além dos limites da própria visão. Por isso o filosofar exige um reexame contínuo de tudo aquilo que já sabemos, e a "pôr entre parênteses" o já sabido. Se as ideias, as perguntas e o nosso modo de pensar se modificam, então a vida, ou a significação que temos da ideia de vida, poderá nos indicar um sentido renovado, uma direção para construirmos a nós mesmos e a nossa história.
Retirado do texto "As ideias são lentes", de Sérgio Augusto Sardi, doutor em Filosofia, professor no departamento da Pucrs. Jornal Mundo Jovem.