Adoro a minha profissão. Para ser professora é óbvio que temos que ser apaixonado por ela, pois tem alguma outra profissão que exija tanto do ser humano? Nós estamos sempre em busca de novos conhecimentos, e procuramos nos aperfeiçoar para acompanhar os avanços tecnológicos. Além disso, nos dedicamos de corpo e alma para colaborar cada vez mais com a evolução humana, sendo na educação,ou na capacitação profissional.
Estou atuando no magistério estadual há três anos, e já sinto-me realizada, pois esperei dez anos após formada para entrar na sala de aula.
Me casei com 19 anos, aos 20 tive o meu filho Fernando, aos 22 tive a Monique, mas sempre tive muita vontade de estudar. Quando meus filhos já estavam em idade escolar surgiu uma oportunidade de fazer o magistério, pois abriu uma seleção na E.E.M Isabel de Espanha no município de Viamão. Não foi fácil, pois eram trinta vagas e cento e vinte candidatas, mas consegui me classificar e realizar meu sonho.
Quando estava no último ano meu marido sofreu um acidente e ficou três meses de cama; lutei muito, em meio à casa, filhos pequenos, marido doente e carente, trabalhos, seminários, cursos e provas. Além de tudo isso, consegui ficar grávida do meu terceiro filho que se chama Leonardo. As dificuldades não pararam por aí, pois veio o estágio junto com bebê de um mês, fraldas e mamadas no peito, mas venci todos os obstáculos e me formei.
Logo depois viemos morar em Porto Alegre, e não assumi uma nomeação no concurso que fiz no munícipio de Viamão, pois o salário não compensava à distância e nem a contratação de uma babá para cuidar de três crianças. Depois disso, acabei me acomodando um pouco, e adiando o meu sonho de lecionar.
Em 2001 fiz o concurso, e em 2003 fui chamada. Quando cheguei na escola para assumir, me deram à primeira série de presente, onde me apaixonei e estou até hoje, pois dar início a alfabetização de crianças que não freqüentaram a pré-escola é uma ousadia sem tamanho, dar aula para uma turma de 30 alunos entre 6 e 10 anos, onde alguns nunca pegaram o lápis, outros são repetentes e junto com alunos que vieram da classe especial, dizem as mães que tem que ser um anjo.
Agora vem a parte mais triste da minha vida, pois quando soube do vestibular para o curso do EAD fiquei muito entusiasmada, era mais um grande passo na minha vida profissional, poder me qualificar e ao mesmo tempo entrar no mundo virtual. Só que a gente nunca sabe o que a vida nos reserva e, é aí que surgem os medos, quando comentei com meu querido marido que gostaria de entrar neste curso, mas como não sei dirigir e Alvorada é longe, estava com receios e ele me incentivou dizendo que me acompanharia. Só que no dia 10 de junho ele veio a falecer de infarto fulminante dentro de casa, aos 43 anos, em minha presença e do meu filho de 13 anos. Sofremos muito, estamos tentando superar a ausência, comecei o curso com mudanças de casa, psicólogo e muitas dificuldades na informática, mas em meio ao sofrimento depois de 25 anos de casada, tenho vivido um dia após o outro e com muita força de vontade, tentando superar todos os obstáculos, principalmente me tornar independente e aprender a dirigir. Já pensei em desistir do curso, mas acredito que ele vai me ajudar nesse momento tão delicado, pois no meio de tantas pessoas bacanas acho que estas trocas de experiências só vão acrescentar coisas boas na minha vida.
Estou aqui para aprender, trocar experiências, adquirir todos os conhecimentos possíveis na área da educação e no final, se Deus permitir receber meu diploma de curso superior.
Um beijo para todas!
Estou atuando no magistério estadual há três anos, e já sinto-me realizada, pois esperei dez anos após formada para entrar na sala de aula.
Me casei com 19 anos, aos 20 tive o meu filho Fernando, aos 22 tive a Monique, mas sempre tive muita vontade de estudar. Quando meus filhos já estavam em idade escolar surgiu uma oportunidade de fazer o magistério, pois abriu uma seleção na E.E.M Isabel de Espanha no município de Viamão. Não foi fácil, pois eram trinta vagas e cento e vinte candidatas, mas consegui me classificar e realizar meu sonho.
Quando estava no último ano meu marido sofreu um acidente e ficou três meses de cama; lutei muito, em meio à casa, filhos pequenos, marido doente e carente, trabalhos, seminários, cursos e provas. Além de tudo isso, consegui ficar grávida do meu terceiro filho que se chama Leonardo. As dificuldades não pararam por aí, pois veio o estágio junto com bebê de um mês, fraldas e mamadas no peito, mas venci todos os obstáculos e me formei.
Logo depois viemos morar em Porto Alegre, e não assumi uma nomeação no concurso que fiz no munícipio de Viamão, pois o salário não compensava à distância e nem a contratação de uma babá para cuidar de três crianças. Depois disso, acabei me acomodando um pouco, e adiando o meu sonho de lecionar.
Em 2001 fiz o concurso, e em 2003 fui chamada. Quando cheguei na escola para assumir, me deram à primeira série de presente, onde me apaixonei e estou até hoje, pois dar início a alfabetização de crianças que não freqüentaram a pré-escola é uma ousadia sem tamanho, dar aula para uma turma de 30 alunos entre 6 e 10 anos, onde alguns nunca pegaram o lápis, outros são repetentes e junto com alunos que vieram da classe especial, dizem as mães que tem que ser um anjo.
Agora vem a parte mais triste da minha vida, pois quando soube do vestibular para o curso do EAD fiquei muito entusiasmada, era mais um grande passo na minha vida profissional, poder me qualificar e ao mesmo tempo entrar no mundo virtual. Só que a gente nunca sabe o que a vida nos reserva e, é aí que surgem os medos, quando comentei com meu querido marido que gostaria de entrar neste curso, mas como não sei dirigir e Alvorada é longe, estava com receios e ele me incentivou dizendo que me acompanharia. Só que no dia 10 de junho ele veio a falecer de infarto fulminante dentro de casa, aos 43 anos, em minha presença e do meu filho de 13 anos. Sofremos muito, estamos tentando superar a ausência, comecei o curso com mudanças de casa, psicólogo e muitas dificuldades na informática, mas em meio ao sofrimento depois de 25 anos de casada, tenho vivido um dia após o outro e com muita força de vontade, tentando superar todos os obstáculos, principalmente me tornar independente e aprender a dirigir. Já pensei em desistir do curso, mas acredito que ele vai me ajudar nesse momento tão delicado, pois no meio de tantas pessoas bacanas acho que estas trocas de experiências só vão acrescentar coisas boas na minha vida.
Estou aqui para aprender, trocar experiências, adquirir todos os conhecimentos possíveis na área da educação e no final, se Deus permitir receber meu diploma de curso superior.
Um beijo para todas!
