sexta-feira, julho 2

Uma nova experiência...

Conviver nunca é uma tarefa fácil. E se tratando de crianças, ela torna-se ainda mais delicada, principalmente quando é preciso adequar-se a regras coletivas, horários e uma rotina comum a todos. Também é comum que algumas crianças custem a aceitar o convívio com outras, dividindo o mesmo ambiente, os jogos e a atenção da professora. Como a temática do projeto que estamos desenvolvendo na sala de aula é sobre a importância dos cuidados com os animais no meio ambiente, resolvemos criar a mascote da Turma. O tempo deste projeto é indeterminado, ele permanecerá enquanto tiver o interesse das crianças.
Com o objetivo de promover a socialização, a cooperação e a amizade, estimulando a ação de cuidar de si e do próximo, é que escolhemos uma mascote para turma (um ursinho panda de pelúcia “o Pandinha”). O aluno (a) responsável pela mascote o levará para casa juntamente com o diário. Poderá pedir ajuda aos pais, irmãos e outros, para registrar o que fizeram juntos durante a visita, e no dia seguinte ele o trará de volta para a escola juntamente com o diário e, fará um relato para seus colegas de tudo fez com a mascote em seu lar.
A experiência tem sido muito positiva. Os alunos se sentem importantes, pois tem que cuidarem muito bem do seu amiguinho enquanto estiverem com ele. Os pais aprovam o projeto, pois aproxima a família da vida escolar, incentivando a escrita e a leitura de ambos, através dos registros sobre a visita do ursinho na casa do aluno. Percebe-se claramente a expectativa que cada criança cria até chegar sua vez de levar o ursinho para casa, e, também, a tristeza daquele que tem que entregá-lo no dia seguinte.
"...será que amadurecer significa abandonar nossos amados ursinhos de pelúcia e as amizades verdadeiras da infância, ou será que significa ser forte o suficiente para proclamar com orgulho nossa devoção pelos ursinhos? Se eu tivesse que escolher, não pensaria duas vezes- o tipo de maturidade que não tem espaço para a fantasia não significa nada e não oferece recompensa. DÊ-me a ternura de um ursinho esfarrapado todos os dias." Ted Mentem http://www.thesadgirl.hpg.ig.com.br/sociedade/30/index_int_3.html

quinta-feira, julho 1

"ALTERIDADE"

Para encerrar o estágio supervisionado pelo Professor Paulo Albuquerque e a tutora Rossana, organizamos uma atividade de teatrinho na sala de aula. O objetivo foi de levar o aluno a perceber, valorizar e apreciar a diversidade natural, através do conceito de “alteridade”, adotando posturas de respeito aos diferentes aspectos relacionados aos animais. Conceito de alteridade indicado pelo Professor “A Ética da Alteridade seria, então, a capacidade de conviver com o diferente, indivíduo, grupo ou natureza, com um olhar inteiro, voltado justamente para o reconhecimento e acolhimento das diferenças. Vista como categoria fundamental, como elemento basilar da construção de uma nova cultura que impulsione o homem a reencontrar-se consigo mesmo e com a natureza, a reencontrar, e reconhecer, no outro, a origem e o complemento de si mesmo, a restabelecer a paz com o corpo, com o alter e com a natureza. A prática da alteridade pretende conduzir da diferença à soma nas relações interpessoais entre os seres humanos, na medida em que propõe estabelecer uma relação pacífica e construtiva com os diferentes, na medida em que se identifique, entenda e aprenda a aprender com o contrário. Significa reconhecer o outro em si mesmo, com os mesmos direitos, com os mesmos deveres e responsabilidades. A perda da alteridade, da visão do outro e da natureza como outro, fez com que o homem tenha ampliado o desequilíbrio ecológico, a violência, a intolerância, o ódio, o separatismo”. (Texto de Antonio Augusto Biermann Pinto)
Para trabalhar a alteridade com a turma, propus o desafio de criar novas possibilidades de expressão e idéias, através da dramatização, com um teatrinho sobre os animais. Com alguns fantoches que levei para a sala, eles criaram diálogos de apresentações entre os diferentes animais, com as seguintes perguntas: Onde vive? De que se alimenta? É selvagem ou doméstico? O que gostam de fazer na floresta?Têm amigos? E outras perguntas que foram surgindo durante o diálogo. Essa atividade estimulou a criatividade e a linguagem das crianças em suas formas de manifestações, também proporcionou um aprendizado prazeroso, através do lazer e do lúdico, demonstrando nos diálogos os conhecimentos adquiridos sobre os animais que pesquisamos durante o projeto.
(Alteridade: categoria fundamental da ética ambiental)
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=10241)