domingo, maio 23

Começo minha semana com a frase do filósofo Sócrates. “Só sei que nada sei”. Quanto mais eu procuro aprender, descubro que menos eu sei. Lendo sobre um texto de alfabetização cientifica nas séries iniciais, descobri que não estou trabalhando longe do que imaginei para o meu estágio e estou aproveitando esse material para a minha pesquisa.
“A produção crescente de vídeos educativos tem contribuído significativamente para um trabalho na perspectiva do desenvolvimento da alfabetização científica cultural (Shen, 1975) e multidimensional (Bybee, 1995). Através dos documentários os alunos têm a oportunidade de ampliar a sua cultura, o seu universo de conhecimentos. Há excelentes documentários, também veiculados pela TV sobre a Ciência, que apresentam os mais variados assuntos científicos com clareza e profundidade, aliados a uma fotografia que prende a atenção, principalmente das crianças. De modo semelhante aos textos, o uso planejado e estruturado destes vídeos pode ser efetivado pelo professor”.
E era exatamente o que estávamos fazendo quando o professor Paulo e a Rossana chegaram à escola para a visita, Fiquei um pouco apreensiva com a reação dos alunos, porque eles não estão acostumados com estranhos na sala de aula. Logo imaginei que seria um alvoroço. Mas foi melhor do que eu esperava, senti que ficaram entusiasmados. Conversaram, mostraram livros, cadernos e dicionários (aliás, eles adoram aqueles dicionários ilustrados). Alguns acabaram até esquecendo o filme que estavam assistindo (documentário sobre insetos), para interagir com os professores.
Depois que começamos a trabalhar com esse projeto, eles trazem de casa livros de ciências, para mostrarem que não são alheios a alguns conhecimentos. Daí a importãncia de se respeitar a bagagem de conhecimento que o aluno trás para a escola, reconhecendo as suas formas próprias de aprender e sendo o mediador nessa construção.
Para Vygotsky (1987), é através do contato com o material escrito e com o “outro” (intelecutor), a partir de trocas dialógicas que este processo se constrói.
http://www.fae.ufmg.br/ensaio/v3_n1/leonir.PDF