sábado, setembro 12

"EDUCAÇÂO DE JOVENS E ADULTOS" (EJA)

Lendo o Parecer CEB no 11/2000 - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos - relator: Carlos Roberto Jamil Cury, percebi que a EJA é de grande importância para a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Um dos problemas que a educação de jovens e adultos enfrenta é falta de preparo dos docentes voltado para a EJA. A formação continuada deve envolver todos os atores participantes do ato educativo, pois a prática pedagógica na EJA também deve ser pautada no compromisso com o aluno. Os jovens e adultos, que não tendo tido o acesso e, ou permanência na escola, em idade que lhes era de direito, retornam hoje, buscando o resgate do que lhes foi negado e,ou mal garantido, enfrentam muitas dificuldades para retornar aos estudos, mas na busca de uma vida melhor, encontram na EJA, melhores perspectivas de empregos e tantos outros segmentos sociais. Neste retorno ao ambiente escolar o educando precisa encontrar docentes acolhedores, compreensivos e bem preparados, para não desanimarem, e por maiores que sejam os obstáculos encontrados, supere-os, com a ajuda dos docentes para nele permanecer. São poucas as políticas oficiais públicas de educação de jovens e adultos, e também poucos os centros de formação dos educadores da EJA. O professor com certeza sempre será uma peça importante no processo de aprendizagem do aluno e também no desenvolvimento das funções relativas às características que diferenciam esta modalidade de ensino , "funções reparadora, equalizadora e qualificadora da EJA", mas sempre valorizando e respeitando à pessoa e os saberes que ela traz do seu cotidiano, ou seja, a trajetória sócio-histórica e cultural de cada aluno, para que ele seja o co-autor de sua própria aprendizagem.

3 comentários:

Adriana Irigaray disse...

Oí Elisabeth, não podemos esquecer que nossos alunos da EJA são diferentes do diurno. Precisamos ensinar e avaliarmos de forma diferente, a partir da vivência e conhecimento de cada um. Atualmente alunos "problemas" do dia passam para a Eja, e a finalidade não deveria ser essa, concordas?
Abraços
Adriana

Beatriz disse...

Elisabeth querida, o discurso é lindo e cheio de boas intenções. Será que o EJA é assim? Qie tal pensar tb na prática que se faz e como mudá-la? Cuidado, temos que ser professores que agem sobre operam para mudar e não apenas falam sem operar.
Um abração
Bea

Simone disse...

Olá Elisabeth!
Já tiveste alguma experiência com EJA?
No texto "Estado e Educação Popular", Moacir Gadotti refere que os termos educação de adultos, educação popular, educação não formal e educação comunitária são usados, muitas vezes, como sinônimos, mas não são. Já pensaste sobre isso? Vale a pena dar uma olhada no texto.
Um abraço, Simone - Tutora sede